sábado, 2 de junho de 2012

Anaïs Nin


Nascida em Paris, em 1903, e batizada como Angela Anaïs Juana Antolina Rosa Edelmira Nin y Culmell. Seu pai era um pianista e compositor cubano, criado na espanha, e sua mãe uma cantora de formação clássica, de ascendência cubana, francesa e dinamarquesa.



Passou a infância em Paris, mas depois que os pais se separaram, mudou-se para Barcelona com a mãe e os irmãos, e depois foram todos pra Nova Iorque. Estudou só até os 16 anos, e seu primeiro trabalho foi como modelo para um artista. Depois de alguns anos nos EUA, se esqueceu do espanhol, mas nunca abandonou o francês.


Em 1923, em Havana, Anaïs se casou com seu primeiro marido, Ian Hugo, um banqueiro e artista, e no ano seguinte foram morar em Paris. Ela continuou seu interesse pela escrita, que praticava desde os 12 anos em seus diários, além de se dedicar a prática da dança flamenca. Seu primeiro trabalho publicado foi um estudo sobre a obra de D H Lawrence. Em 1939, com a aproximação iminente da guerra, volta pra NY.

Hugh Guiler (Ian Hugo) e Anaïs Nin


Ela relata, em seus diários, um romance muito forte com o escritor Henry Miller, mas em nenhum momento menciona o marido. Talvez pq este não concordasse em ser incluído na narrativa. Enfim, o relacionamento dos dois pode ser conferido no livro Henry & June, assim como no filme homônimo de 1990, dirigido pelo Philip Kaufman.

Esse vídeo tributo é bem bacana. Tem a narrativa dela e uma porção de fotos.



Nos anos 40 e 50 ela participa de alguns curtas experimentais. Tais como essa participação no filme de Kenneth Anger.


Ou sua voz nesse curta de seu primeiro marido, Ian Hugo.




Em 1947 ela se envolve com o ator Rupert Pole, 16 anos mais jovem. O mais doido é que ela se casou com ele em 1955, mesmo já estando casada com Ian Hugo (permaneceu com 2 casamentos até 1977, quando se divorciou de Hugo). Ela mantinha essa vida dupla escondendo um do outro, e se dividindo entre Los Angeles e Nova Iorque.


Rupert Pole e Anaïs Nin


Publicou diversos romances durante a vida, muitos deles com forte teor erótico. Mas sem dúvida são seus diários que ganharam maior notoriedade, dada sua relação com eminentes personalidades artísticas, literárias e psicanalíticas.  Esses relatos (publicados depois da morte de Hugo, em 1985) profundamente femininos sobre essa constelação masculina lança novas luzes e perspectivas sobre personalidades muito conhecidas. 


Esta é a única entrevista que eu encontrei legendada.




Após 3 anos de luta contra o câncer, morreu em 1977, na Califórnia.



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